Religião
Ataque a igreja sudanesa deixa cinco cristãos feridos
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No último domingo, 14 de maio, cinco fiéis, incluindo um padre, foram feridos durante a missa, em um ataque à Igreja Mar Girgis em Omdurman, no Sudão. O chefe do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, culpou as Forças de Apoio Rápido (RSF), enquanto as RSF disseram que um afiliado “extremista” do exército era responsável.
De acordo com o relatório da ONU do último domingo, desde 15 de abril, quando começou a luta entre as unidades militares leais ao general Abdel Fattah al-Burhan e as RSF lideradas pelo General Mohamed Hamdan Dagalo, pelo menos 676 pessoas foram mortas e 5.576 ficaram feridas.
Nesse sentido, após ser constantemente incluído na lista dos piores países do mundo em perseguição cristã, o Sudão foi retirado da lista de Países de Preocupação Especial (CPC) do Departamento de Estado dos EUA em dezembro de 2019. A lista CPC designa nações que toleram ou se envolvem em violações flagrantes da liberdade religiosa.
No entanto, avanços na liberdade religiosa duraram apenas dois anos, até o golpe militar em outubro de 2021, que trouxe de volta os temores de repressão e implementação rigorosa da lei islâmica. Um “estado profundo” islâmico enraizado nos 30 anos de poder do ex-presidente al-Bashir continua sendo influente.
Sendo assim, a recente violência segue semanas de crescente tensão entre as duas forças em relação à reforma das forças de segurança durante as negociações para um novo governo de transição. O ataque à Igreja Mar Girgis é um exemplo preocupante da violência religiosa que ainda ocorre no país.
Segundo ICC, o Sudão enfrenta desafios significativos em relação à liberdade religiosa e, embora tenha havido avanços no passado, o atual conflito entre as forças militares e paramilitares pode levar a um retrocesso nesse sentido.
Desse modo, a perseguição religiosa é uma violação dos direitos humanos fundamentais. O governo sudanês deve trabalhar para proteger a liberdade religiosa e garantir que os cidadãos possam praticar sua fé sem medo de violência ou intimidação.
Por fim, é preciso um esforço conjunto da comunidade internacional para garantir que a liberdade religiosa seja respeitada e protegida em todo o mundo. A violência religiosa não tem lugar em uma sociedade justa e pacífica, e é responsabilidade de todos trabalharmos juntos para alcançar essa visão.
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